A nossa Amazônia!

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Foto: Arnoldo Santos/ Lago do Curuçá/ Rio Solimões/ Município do Careiro

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Valor pessoal, valor de jornalista...meu valor

Eu, pensando...
Outro dia, estava no meio de um grupo de estudantes de jornalismo. Ao falar sobre o que eles deveriam buscar, entrei no assunto "fama". Disse que jornalista que busca fama ou vai se frustrar ou se iludir, ou até mesmo os dois e mais alguns. E lembro da frase com que ressaltei o meu pensamento: "não busquem fama, busquem bons salários". Minha fala foi pra alertar que, no final das contas, fama é um placebo da alma que funciona que nem o velho "Mercúrio Cromo" que a gente, quando era criança e se feria com alguma coisa, preferia bem mais ao famigerado "Merthiolate". Porque serve apenas para deixar as bactérias vermelhinhas. E só! Porque muito mais do que ser famoso, o jornalista é um funcionário, de uma empresa que executa o jornalismo como atividade empresarial.
Diante disso, resumindo, queria dizer aos alunos que tudo tem de ser feito com amor, dedicação e crença em nossos valores. Mas também com toques de realidade e consciência de nossa situação empregatícia. Somos empregados, Se o patrão decidir que não vai mais pagar o que ganhamos, não ganharemos, pois o olho da rua nos estará esperando. E pra ser mandado embora não precisa ir diretamente de encontro a interesse de patrão nenhum. Basta que a economia aperte e a corda começa a puir exatamente no lugar em que nós seguramos. Por isso que também disse que não adianta muito o discurso inócuo de que devemos fincar o pé contra as injustiças dentro do trabalho, tecla batida por alguns companheiros militantes.
Foi quando um aluno levantou e disse que "não concordava com o que eu falava e que, ainda, não deveria ficar falando mal de pessoas da área de jornalismo que são famosas ou mesmo dos sindicalistas". Eu retruquei e disse que, além de não estar falando mal de nenhum colega famoso, meu discurso não era de desmontar a tese dos sindicalistas colegas. Depois de ter falado algumas palavras mais, um sentimento me permeou a mente de súbito. E resumi: fama, pra mim, é estar aqui entre vocês! Fui sincero e até passional. E a discussão acabou naquele momento. Passei para outro assunto.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Reativando

Caríssimos,
Não vou me alongar. Quero apenas informar que estarei postando mais vezes e demorando menos pra renovar o conteúdo. Espero que curtem o que lerão doravante. Mas se não gostarem, também não tem problema. Vamos falando, certo?

segunda-feira, 16 de março de 2015

SABER PERGUNTAR É MELHOR DO QUE SABER RESPONDER

Uma das maiores dúvidas dos jornalistas que estão no início de sua prática é "o que perguntar". Isso sobre em relação a qualquer pauta, qualquer assunto, seja quem for o entrevistado. Por isso penso que saber perguntar deve ser uma busca constante do profissional de reportagem. O problema é que explicar como se faz isso, em particular na sala-de-aula, é complicado, sim. E não basta falar apenas de teoria. Entrevistar se aprende, ou se começa a aprender, praticando a arte. Portanto, aqui vai a reprodução de um link que da á dicas muito interessantes e reais, de maneira bem fácil de entender. O material foi produzido pelo Knight Center for Journalism in the Americas, que é um projeto de extensão da Universidade de Austin (EUA). O texto é da jornalista brasileira Natália Mazotte, blogueira do site. As dicas são fáceis de aplicar quando chegar a hora. Ao colegas Focas meu muito boa sorte! #tamujunto

Guia para jornalistas que querem aprimorar a arte da entrevista



Na rotina jornalística, a entrevista está entre as atividades mais essenciais. Ela é a alma do jornalismo: pode impulsionar ou detonar uma matéria, dar vida a narrativas e conduzir à compreensão de acontecimentos complexos. Ainda assim, a maioria dos repórteres aprimora esta habilidade por tentativa e erro. E, às vezes, o erro vai em formato de áudio com engasgadas vergonhosas direto pro editor.
Apesar de não ser uma ciência exata, dominar algumas técnicas pode facilitar o caminho do jornalista que quer se tornar um entrevistador daqueles que arrancam boas respostas até das fontes mais evasivas. Conheça algumas delas neste guia preparado pelo Centro Knight com links e dicas de profissionais experientes no assunto.
1. Defina seus objetivos
Antes de mais nada é preciso saber o que se quer da entrevista: aspas, confirmação, contexto, reconstituir uma cena? Este é o primeiro passo para traçar a estratégia a ser adotada.
A Knight Chair em Jornalismo e professora da Universidade de Missouri Jacqui Banaszynski aconselha os jornalistas a responderem as seguintes perguntas antes de ligarem seus gravadores: Por que você está fazendo esta matéria? O que você precisa saber (e como vai conseguir)? O que você quer saber (e como vai conseguir)? Qual é o seu propósito ou foco inicial? Quais são os desafios logísticos/jornalisticos/éticos/morais envolvidos?
2. Esteja preparado
Uma boa entrevista começa muito antes do contato com o entrevistado. Como Jon Talton, colunista do Seattle Times, escreveu para o Reynolds Center, conhecer muito bem a fonte e o tema que será tratado é o dever de casa. Fazer uma lista de perguntas prévias não garante o sucesso da entrevista, mas pesquisar e estar completamente por dentro do que será debatido e da pessoa com quem se debaterá pode render bons frutos.
Um bom exemplo disso é dado pelo colunista do Poynter Chip Scanlan: "AJ Liebling, uma escritora famosa da The New Yorker, conseguiu uma entrevista com o conhecidamente lacônico jóquei Willie Shoemaker. Abriu com uma única pergunta: Por que você monta com um estribo maior do que o outro? Impressionado com o conhecimento de Liebling, Shoemaker falou".
3. Saiba como perguntar
Assim como Liebling, jornalistas frequentemente se deparam com entrevistados que não estão tão dispostos a falar quanto se deseja. Saber perguntar, nestas horas, faz toda a diferença. Segundo as lições do jornalista investigativo canadense John Sawatsky, uma autoridade na arte da entrevista, para a American Journalism Review e para o Poynter:
  • evite perguntas cujas respostas possam ser apenas "sim" ou "não" (a não ser que se queira confirmar alguma informação precisa), prefira as do tipo "como", "por que", "o que".
  • mantenha as perguntas curtas e focadas em um único assunto (uma de cada vez)
  • evite hipérboles ou palavras carregadas
  • mantenha sua opinião fora das perguntas
  • não tente argumentar com a fonte para convencê-la da sua versão; ao invés disso, peça para ela comentar uma informação que você saiba ser verdadeira
  • sempre questione: como você sabe?
  • pergunte sobre temas sensíveis sem soar "combativo"
  • peça exemplos e descrições, isso ajuda a fonte a lembrar e articular as respostas
4. Conduza uma conversa
A ganhadora do Pulitzer Isabel Wilkerson considera entrevistas "conversas guiadas" nas quais a dinâmica da relação é mais importante que qualquer questão individual. "Nas escolas de jornalismo, ninguém chama as interações entre jornalistas e fontes de relacionamento, mas é isso que são", diz ela.
Aprenda a fazer anotações sem olhar apenas para o caderno. É fundamental manter uma interação visual e corporal com o entrevistado. Demonstrar empatia deixa a fonte mais à vontade, o que aumenta as chances dela se abrir. "Entrevistar é a ciência de ganhar a confiança, depois ganhar a informação", ressalta John Brady em "A Arte da Entrevista".
5. Escute e controle o ritmo
Às vezes o jornalista está tão preocupado em seguir o seu rascunho que não percebe os momentos por onde a história pode se desenvolver mais. Não corte a possibilidade de informações mais profundas virem à tona pulando muito rapidamente para a sua próxima pergunta. Se houver limitações de tempo, concentre-se no tópico mais importante, escolha com sabedoria. Se o tempo for liberado, explore os pontos que soarem mais interessantes durante a entrevista.
6. Faça perguntas a partir das respostas
Não deixe qualquer dúvida passar em branco. Questões derivadas de respostas mal compreendidas costumam dar pano pra manga. Como ensina Banaszynski, "para cada questão, pergunte outras cinco".
Seja um ouvinte interessado e perceba quando as respostas te levam para outras perguntas sobre o tema. Conforme explica Sawatsky, quanto mais você demonstra que está realmente ouvindo, mais confiança se estabelece.
7. Negocie os termos de antemão
Deixe claro o propósito e o contexto da entrevista e procure saber no início as preocupações da fonte. Isso pode evitar que você seja surpreendido com um pedido de "off the record" [não publicar a informação passada] depois de uma entrevista reveladora.
Em um interessante artigo sobre a arte da entrevista para a Columbia Journalism Review, a jornalista Ann Friedman cita Max Linsky, um entrevistador de peso do Longform Podcast, que diz: "Longas entrevistas podem ter três atos - saiba onde você quer começar, onde você quer terminar, e como você quer chegar lá. E deixe o entrevistado conhecer o plano! Essas conversas podem sair dos trilhos rapidamente - compartilhar o roteiro antecipadamente permite que você interrompa e mude as coisas com mais facilidade. Faz com que entrevistado e entrevistador se sintam como se estivessem no mesmo time. "
8. Cara a cara, telefone, e-mail?
A entrevista pode ser feita das mais variadas formas: pessoalmente, por telefone, skype, e-mail, com uso ou não de câmeras de vídeo. Escrevendo para o Poynter, a jornalista Mallary Jean Tenore citou a preferência de cinco jornalistas com os quais conversou. A maioria ressalta que a conversa cara a cara permite que o repórter observe detalhes do comportamento do entrevistado e da cena que escapam em conversas por telefone ou e-mail.
Quando a distância com a fonte não permite o contato pessoal, recorre-se ao telefone ou até mesmo a ferramentas como o Skype. Ao falar por ligações on-line, o uso da webcam tem a vantagem de permitir que se veja a expressão corporal do entrevistado.
É unanimidade que a entrevista por e-mail é a última opção. Mas o meio é válido para agendar a entrevista, fazer perguntas preliminares ou verificar informações e tirar dúvidas posteriores.
Aqueles que optarem por gravar em vídeo devem estar atentos a algumas questões técnicas, como a captura de áudio e os planos que serão usados. Casey Frechette, do Poynter, aconselha antecipar o que pode dar errado durante a entrevista em vídeo para ter sempre uma carta na manga. Checar duas vezes se as baterias estão carregadas, se o equipamento está funcionando bem e se a locação está liberada, por exemplo, é crucial.
9. Seja esperto, ouse ser ignorante
Certifique-se de que entendeu o que significam certas expressões, jargões e busque analogias. Nas palavras de Ann Friedman, "banque o estúpido", especialmente quando o assunto é técnico e complexo demais. Peça para a fonte explicar como se estivesse falando a uma criança.
10. Fique atento ao pós-entrevista
Banaszynski observa que é sempre bom anotar telefones, e-mails, endereços, detalhes sobre o local e o entrevistado. Se precisar, não hesite em fazer contato novamente para tirar dúvidas ou até mesmo agendar uma segunda entrevista. Após a publicação, é sempre bom passar a matéria à fonte e estar aberto a seus comentários.
Chip Scanlan acrescenta que a auto-avaliação é uma boa forma de se aperfeiçoar. Ao transcrever as conversas gravadas (e gravar é fundamental!), observe não só as respostas, mas as suas perguntas. "Você faz mais perguntas que encerram a conversa ou que a estimulam? Você interrompe o seu interlocutor quando ele está começando a se soltar? Você soa um ser humano interessado e amável ou um promotor atormentado?"


https://knightcenter.utexas.edu/pt-br/blog/00-14023-guia-para-jornalistas-que-querem-dominar-arte-da-entrevista

sábado, 31 de janeiro de 2015

O Mundo continua o mesmo, mas e eu?

O Mundo continua o mesmo. Até aí, nada de novidade. Mas a pergunta é: e vc? O ano já é o Novo, logo se espera que as mudanças tenham pelo menos entrado na lista do que fazer nos próximos 12 meses. Então, pensando bem...lá no fundo, a gente chega a conclusão de que a vontade é grande.
Acho que "estar com vontade" já um grande começo. Agora, é dizer que o agora, o "já" é o momento certo. Deixar com que o presente seja a sua única referência de tempo e momento. Não perder nenhum segundo para estar botando em prática o que se quer fazer. É, na prática, ter novidades a contar no final de 2015 já sendo acumuladas agora. Emagrecer? Solidificar um novo amor? Estudar? Seja o que for...com decisão tomada, nenhum tempor perdido, fé na força maior, que costumamos chamar de Deus, o "agora" tem de ser o único tempo verbal a ser conjugado na sua vida. Mãos á obra! Pau na máquina! Viva a vida!

sábado, 11 de janeiro de 2014

O dia de quem nunca existiu...

Tem dias em que a gente acorda com saudades de quem nunca existiu. Mas se existisse, o dia apareceu perfeito pra um café na cama. Do mesmíssimo jeito que sempre a gente viu nos filmes, novelas, seriados e tal. Do jeito gosto que sempre nos pareceu. Ou o dia perfeito pra ir na feira, comprar condornices. Apenas uma desculpa pra se jogar o tempo fora ao lado da pessoa, dessa mesma que nunca existiu, mas se existisse... Não...não é um dia pra não fazer nada...mesmo porque, se a pessoa existisse, não valeria a pena ficar ao lado dela sem fazer nada...
Definitivamente, tem dias em que a gente acorda com saudades de quem nunca existiu...

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Quando tudo parece estar perfeito

Um bom vinho e uma boa combinação de antepastos levemente picantes, com azeitonas pretas italianas. Um início perfeito de uma noite perfeita. Aí, vc bota Deam Martin, ou Sinatra, ou Cesaria Evora na vitrola... o BG ideal pra cenas perfeitas...

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Jornalismo, a mesma coisa

Pautas que se repetem em determinadas épocas do ano são mais que comuns nas redações. Chega carnaval, a mesma coisa com festas juninas, idem no natal. Mas tem pautas que se repetem nos espelhos de pauta independentes de época. Aí, é um fato diretamente proporcional à capacidade de pesquisar novos assuntos e, por que não dizer, novas abordagens sobre assuntos batidos. Quando não acontece nenhum dos dois, a gente vê o jornalista ir pra frente da camera e puxar o assunto como se fosse novo e, pra completar, fazer perguntas a um especialista como se eles mesmos não soubessem nada disso. Tá certo! Há os que defendem o lado de que nunca é demais avisar ou ensinar, mas há também a necessidade de sairmos da mesmice. Esse é o desafio: inovar, seja em qualquer área da atividade profissional. O jornalismo não se vê livre disso. O desafio é diário. A audiência, também.